sexta-feira, 27 de agosto de 2010

ENGANOS DE SATANÁS


FRAUDE DEMONÍACA

«Tal como a nuvem se desfaz
e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o lugar onde
habita o conhecerá jamais.»

Job 7:9, 10.

       Depois de eu ter pregado sobre a morte, numa série de reuniões evangelísticas nas Filipinas, um tufão varreu a cidade de Legazpi. Entre os ouvintes estava um oficial do exército muito atento ao ensino bíblico. Naquela noite, ele foi acordado pela ventania. As persianas eram arremessadas furiosamente contra as paredes de madeira da casa. O vento uivava por entre
as frestas das janelas. A chuva golpeava ruidosamente o tecto de zinco. Ao abrir os olhos, aquele oficial viu um vulto por cima da sua cama. Abismado notou que parecia ser a sua mulher!
       A sua pele era sedosa e impecável. O cabelo era longo, esvoaçante e negro. Os olhos castanhos eram brilhantes e atraentes. Ele estava quase certo de que era mesmo a esposa, não como seria aos 60 anos mas com a aparência de 35.
Ela aproximou-se e, com voz inconfundível, disse: "Querido, tenho saudades tuas. Gostava de te abraçar."
       Apesar de querer muito tê-la nos seus braços, ele lembrou-se da palestra
e do que diz a Bíblia: «Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir. Nunca mais tornará a sua casa, nem o lugar onde habita o conhecerá jamais.» Job 7:9, 10. «Porque eles são espíritos de demónios, operadores de sinais.» Apocalipse 16:14. E « ... o próprio Satanás se transforma em anjo de luz» (II Coríntios 11:14).

       Então convenceu-se de que, apesar daquele vulto se parecer muito com
a sua mulher, não era ela. Olhou para cima e disse: "Em nome de Jesus Cristo, desaparece!" No dia seguinte, disse-me: "Ali mesmo diante dos meus olhos, aquele vulto desapareceu."

       Qualquer voz que quebre o silêncio dos mortos não é a voz de Deus. É a voz de um demónio fazendo-se passar por um querido morto. É típico do diabo aproveitar-se das pessoas nos momentos de maior dor. Ele «é mentiroso» (João 8:44). Usa médiuns, espíritas e videntes para contrariar o ensinamento da Palavra de Deus: «Os mortos não sabem coisa nenhuma.» Eclesiastes 9:5.

Abrace o ensinamento bíblico e estará a salvo de mil perigos.

Mark Finley
SOBRE A ROCHA

O MEU DEUS PESSOAL

«... porque Eu sou o Senhor que te sara.» Êxodo 15:26.

       Recentemente ouvi, num fórum da rádio, um dos convidados afirmar, com toda a convicção, que a sua vida, a partir de agora ia ser diferente porque tinha, a troco de grande recompensa monetária, contratado um guru pessoal. Alguém que estaria ao seu lado para lhe dar coragem, para lhe dar conselhos e orientações em tudo e sobre tudo, mas em especial para o ajudar a sentir-se bem consigo e com os outros.
       É extraordinário o facto de nós, que nos confiamos ao Senhor, não necessitarmos de coisas deste género que estão tanto na moda.
       É o Criador de todo o universo, Aquele que nos criou, que afirma: “Sou Eu quem te sara!” Isto significa que cada vez que reclamamos a Sua ajuda, o Senhor, por amor, está disponível para mim, para ti, preocupado com o nosso bem-estar e pronto a ajudar.
       Contudo, Deus deseja operar uma grande revolução na nossa vida. Ele deseja um povo que experimente, dia após dia, as maravilhas de viver debaixo do Seu poder, do Seu amor. Mas, muitas vezes cometemos a mesma incoerência que o povo de Israel cometeu, esquecemo-nos de ter presentes, na nossa mente os muitos pequenos e grandes milagres que o Senhor operou continuamente na nossa vida. Demoramo-nos mais a pensar no sofrimento e nos espinhos, do que nas curas que o Senhor já operou e naquelas que, certamente, poderá vir a fazer.
       Assim, querido amigo, quero convidar-te, nesta manhã, a fazeres um pequeno exercício: consta em olhares para o teu relacionamento com Deus, e contares (usa um papel se necessário) algumas das bênçãos que o Senhor já derramou sobre ti e sobre os teus.

Porque tu tens o DEUS PESSOAL que vela e espera por ti.

Rúben Abreu
BOM DIA com O LIVRO


«Então Jesus aproximou-se deles e disse-lhes: "Foi-Me dado todo o poder no céu e na terra. ... E saibam que estarei sempre convosco até ao fim do mundo."» Mateus 28:20.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

DECIDIR CONFIAR


«No dia em que eu temer, hei-de confiar em Ti.» Salmo 56:3.

Estávamos em plena guerra de África, em Moçambique.
Eu integrava uma coluna de cerca de 500 homens que se deveriam dirigir para um local distante, onde se supunha iríamos encontrar um grupo numeroso de resistentes "inimigos".
Como era o único profissional de saúde responsável por aqueles militares, tiveram o cuidado de me colocar bem no centro da coluna, para ficar protegido e, se necessário, poder socorrer, também melhor, os companheiros. Durante sete horas caminhámos na escuridão da noite, em fila indiana e em marcha rápida, em completo silêncio, com excepção do som surdo dos nossos passos. Para além do pisteiro autóctone que abria a coluna, nenhum de nós conhecia o caminho, nem o destino. À nossa volta, o potencial perigo era constante.
Já os primeiros raios do esfuziante sol africano começavam a iluminar a savana, quando chegámos, finalmente, todos ao destino. Estávamos completamente arrasados, mas em segurança. Nenhum de nós sofreu qualquer percalço e, felizmente, também, o inimigo tinha desaparecido! Tínhamos confiado no nosso guia e ele não nos defraudou.

Vivemos num mundo escuro e conflituoso em que muitas vezes o caminho a seguir se torna totalmente desconhecido e ameaçador.
É em momentos assim que, tal como o salmista, somos chamados a colocar toda a nossa confiança no nosso Guia celestial. É esta, também, a essência da fé:
decidir confiar no Senhor, mesmo contra todas as evidências humanas.
A verdadeira fé leva-nos, assim, a continuar a caminhar, mesmo que seja na escuridão, dando, se necessário for, um salto no desconhecido, mas acreditando sempre que do outro lado estão os braços eternos do nosso Amoroso Deus.
Mas decidir confiar não é, humanamente, uma decisão fácil. Por isso o Senhor Jesus Se interrogou: «Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?» (Lucas 18:8).
Como cristãos que esperam a Sua breve volta, somos chamados a confiar sempre no Senhor e a não ter medo do futuro. Foi Cristo que inspirou o apóstolo Paulo a escrever: «Tendo por certo isto mesmo: que Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo» (Filipenses 1:6).


Não é esta uma maravilhosa promessa? Que o Senhor lhe conceda um dia cheio de vitórias da fé.


Samuel Ribeiro
Médico Pediatra da Grande Lisboa


DEUS ESTÁ CONNOSCO

Deus é o nosso refúgio e a nossa força;
é a nossa ajuda nos momentos de angústia.
Por isso, não temos medo,
mesmo que a terra se ponha a tremer,
mesmo que as montanhas se afundem no mar;
mesmo que as águas rujam furiosas
e os montes tremam com o seu embate.

Um rio alegra com os seus canais a cidade de Deus,
a mais santa entre as moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela, não pode vacilar;
Deus irá em seu auxílio ao romper do dia.
As nações murmuram, os reinos agitam-se.
Ele faz ouvir a Sua voz e a terra desfaz-se.


O Senhor Todo-Poderoso está connosco!
o Deus de Jacob é o nosso refúgio!


Venham contemplar as obras do Senhor,
as coisas surpreendentes que Ele fez sobre a terra.
Ele acaba com as guerras no mundo inteiro;
quebra os arcos e despedaça as lanças;
põe fogo aos escudos!
Parem! Reconheçam que Eu sou Deus!
Serei supremo entre as nações,
supremo em toda a terra!


O Senhor Todo-Poderoso está connosco!
O Deus de Jacob é o nosso refúgio!


Salmo 46

sexta-feira, 13 de agosto de 2010



Jesus de Nazaré e Gandhi: dois homens que marcaram a História.
Duas épocas, duas mensagens, com suas convergências e divergências.


Não tenho televisão, e raramente assisto a um filme. Questão de higiene mental. No entanto, assisti a um filme sobre a vida e obra de Mahatma Gandhi. Filme notável sobre um homem notável, um homem de grande humildade, com enorme respeito pela vida, de uma paciência a toda a prova, corajoso, tolerante, engenhoso, benévolo compreensivo.

Paralelismo
Explico: até certo ponto, existe um paralelismo surpreendente entre a vida do Carpinteiro de Nazaré e a do pequeno advogado de Porbandar.

1 - No ano 27 da nossa era, no momento em que Cristo começava a Sua vida pública, a Palestina estava ocupada pelas tropas romanas, governada e administrada segundo as leis que regiam o Império Romano.
2 - Em 1915, no momento em que Gandhi regressava ao seu país, a Índia estava ocupada pelas tropas britânicas, submetida às leis e regulamentos vigentes no Império Britânico.

Os judeus do ano 27 e os habitantes da Índia de 1915 tinham:

Uma mesma aspiração: recuperar a liberdade.
Um objectivo idêntico: obrigar a nação ocupante a retirar-se.
Uma preocupação semelhante: encontrar um libertador, um homem capaz
de levar a cabo a reconquista do território nacional.

1 - Impressionado pela mensagem e sobretudo pelos poderes extraordinários de Cristo (curas, multiplicação dos pães, etc.), o povo judeu viu n´Ele um comandante, um chefe com a capacidade necessária para expulsar os romanos da Palestina.
2 - Entusiasmados com o êxito obtido na África do Sul por Gandhi, onde, com a ajuda do seu método chamado «desobediência civil não violenta», fez ceder o governo inglês, os seus compatriotas na Índia ficaram convencidos de que Mahatma tinha o poder para conduzi-los vitoriosamente – em detrimento do poder britânico – pelo caminho que levava à independência.

O resto é conhecido:
1 - Jesus negou-Se a aceitar o pedido do povo.
2 - Gandhi aceitou-o.

1 - Jesus procurou indicar que a única e verdadeira libertação é aquela que muda os corações e transforma as mentalidades; a que extirpa as más tendências do coração humano: egoísmo, orgulho, ódio, inveja, cobiça, ciúme, ansiedade, crueldade, suspeita, mentira, desonestidade, etc. Aquela que o homem não pode obter por si mesmo e que só Deus pode oferecer-lhe. Romanos 7:14-25;
João 8:31-36;
2 - Gandhi aceitou sabendo que teria de pôr em prática todos os seus recursos para mudar as mentalidades. Para tirar dos corações o ódio, o rancor e o ressentimento para com o opressor inglês. Percorrendo o país em todas as direcções, durante mais de trinta anos, Mahatma pôr-se-ia inteiramente à disposição dos seus concidadãos hindus e muçulmanos. Incansavelmente, ensinaria, rogaria, jejuaria, educaria, daria exemplo, perfilaria e diversificaria as aplicações da sua «desobediência civil não violenta».

Em 1947, a Índia conseguiu a sua independência. A acção não violenta de Gandhi e dos seus concidadãos permitiu reduzir ao máximo os derramamentos de sangue, os confrontos entre as forças antagónicas.

O Fracasso da «Não Violência»

No entanto, a hora da violência haveria de chegar.
Unidos durante muito tempo na sua luta não violenta contra o ocupante inglês, hindus e muçulmanos defrontaram-se perante as novas realidades. Realidades políticas, religiosas, sociais, económicas; ambições, cobiças, ódios, ciúmes, suspeitas ressurgiram. As duas comunidades enfrentaram-se com violência. Sucederam-se os assassinatos e os massacres. Era a guerra civil.
Quando a sangrenta loucura de uns e outros se apaziguou, teve que se lamentar cerca de um milhão de mortos!

Este acontecimento tornaria sombrios os últimos meses da vida de Gandhi. Cheio de tristeza, reconheceu diante dos seus companheiros que fracassara no seu intento de converter o homem num ser não violento...

O Erro de Gandhi?

Com uma grande ideia, um nobre intento, pode-se motivar, mobilizar, arrastar os homens numa determinada direcção.
Com uma grande ideia, um nobre intento, não se pode mudar os seres humanos, de maneira real e duradoura.

Verdadeira Transformação

Só o Deus do Evangelho pode transformar verdadeiramente o ser humano.
...
«O homem, escravo do pecado: Sabemos que a lei vem de Deus, mas eu sou um homem fraco, vendido como escravo ao pecado. Nem me compreendo, pois não faço aquilo que queria fazer e faço o mal que detesto. Ora, se eu faço aquilo que não quero, estou a aprovar a lei, como se fosse boa. Não sou eu que faço isso, mas é o pecado que está em mim. Pois eu sei que o bem não habita em mim, quer dizer, na minha natureza. Embora tenha o desejo de praticar o bem, não sou capaz disso. Não faço o bem que eu quero, mas faço o mal que não quero. Ora, se eu faço o que não quero, é porque não sou eu quem faz isso, mas o pecado que está em mim.
Encontro pois em mim esta regra: quando eu quero fazer o bem, faço mas é o mal. Cá no meu íntimo, eu quero seguir a lei de Deus, mas vejo que no meu corpo há uma outra lei que está contra a lei da minha inteligência. É isso que me torna prisioneiro da lei do pecado que está no meu corpo.
Que homem infeliz eu sou! Quem me libertará deste corpo que me leva à morte? Sejam dados louvores a Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo! Pois eu estou ao serviço da lei de Deus com a minha inteligência, embora sujeito à lei do pecado, com a minha natureza humana.» S. Paulo aos Romanos 7:14-25

«A Verdade é libertadora: Disse então Jesus aos judeus que tinham acreditado n'Ele: se obedecerem fielmente ao Meu ensino, serão de facto Meus discípulos. Conhecerão a Verdade e ela vos tornará homens livres. Eles responderam: " Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer que vamos ficar livres?" Jesus respondeu: "Declaro-vos que todo aquele que peca é escravo do pecado. Um escravo não fica na família para sempre, mas um filho pertence sempre à família. Se realmente o Filho vos torna livres, então vocês ficam mesmo livres.» João 8:31-36

BÍBLIA SAGRADA em Português Corrente - Tradução Interconfessional da Sociedade Bíblica de Portugal
Tradutores: António Augusto Tavares; António Pinto Ribeiro Júnior; João Soares Carvalho; Joaquim Carreira das Neves; José Augusto Ramos; Teófilo Ferreira.


«Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim.»
João 14:6


Michel Ballais

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

       TEMPO SÓ PARA A MAMÃ


       Tudo o que eu queria esta manhã era uma meia hora sozinha, trinta minutos de paz e silêncio para preservar a minha sanidade. Nada de mamã-faz-isto, mamã-preciso-daquilo, mamã-ele-bateu-me, mamã-entornei-sumo-no-sofá. Apenas eu, um banho quente de espuma e nada mais.
       Eu não devia sonhar tão alto.
       Depois de enviar os dois mais velhos para a escola, pus o menor sentado à frente da TV e disse:
       - Querido, ouve com atenção. A tua mamã vai explodir. Ela está perdendo a cabeça. Está à beira de um ataque de nervos. Tudo isto por ter filhos. Estás a entender-me?
       Ele acenou vagamente enquanto cantava: - O Barney é um dinossauro na nossa imaginação...
       - Está bem. Se tu quiseres ser agora um garotinho bonzinho, vais ficar aqui sentado a assistir ao Barney enquanto a mamã toma um banho delicioso, quente, pacífico, relaxante. Não quero que me perturbes. Quero que me deixes sozinha durante trinta minutos. Não te quero ver ou ouvir. Certo?
       Aceno.
       - "Bom dia, meninos e meninas..." – ouvi o apresentador dizer na televisão. Fui para a casa de banho com os dedos cruzados. Fiquei olhando a água a encher a banheira. Vi o espelho e a janela ficarem cobertos de vapor. Observei a água a tornar-se azul com os sais de banho. Entrei.

Ouvi uma batida na porta.
       - Mamã! Mamã? Estás aí, mamã?
       Aprendi há muito tempo que ignorar os meus filhos não faz com que se vão embora.
       - Sim, estou aqui. O que queres?
       Houve uma longa pausa, enquanto ele tentava decidir o que queria.
       - Olha, posso comer alguma coisa?
       - Tu acabaste de tomar o pequeno almoço. Não podes esperar um pouco?
       - Não. Estou morrendo de fome. Preciso de comer agora.
       - Está bem. Come uma caixa de passas.
       Ouvi os passos dele a ir para a cozinha, ouvi enquanto puxava cadeiras e banquinhos, tentando chegar à prateleira das passas, senti o chão vibrar quando pulou da bancada da cozinha, e ouvi - o a correr de volta para a sala da TV. "Oi, Susie! Tu sabes de que cor é
a relva...?"

       Toc, toc, toc.
       - Mamã? Mamã? Estás aí, mamã?
       Suspiro.
       – Sim, ainda estou aqui. O que queres agora?
       Pausa.
       – Olha,... eu também preciso de tomar banho.
       - Queridinho, tu não podes esperar até que eu termine?
       A porta abriu-se levemente.
       - Não. Preciso de tomar banho agora. Estou sujo.
       - Sujo! Tu estás sempre sujo! Desde quando te incomodas com isso?
       A porta abriu-se toda.
       - Eu preciso mesmo de tomar banho, mamã.
       - Não, não precisas. Vai-te embora.
       Ele ficou de pé no meio da casa de banho e começou a tirar o pijama.
       - Vou entrar contigo e tomar banho também.
       - Não! Tu não vais entrar comigo e tomar banho! Eu quero tomar banho sozinha! Quero que te vás embora e me deixes em paz!
       Comecei a parecer o garotinho de três anos com quem argumentava.
       Ele subiu na beira da banheira, balançando-se cuidadosamente, e disse:
       - Vou entrar contigo, está bem, mamã?
       Comecei a berrar.
       – Não! Não está bem. Quero tomar banho sozinha! Não quero dividir! Não quero ninguém comigo!
       Ele pensou um pouco e disse:
       - Tudo bem. Vou só sentar-me aqui e tu podes ler-me um livro. Não vou entrar, mamã, até que acabes.
       Deu-me um sorriso charmoso, de derreter corações.

       Passei então a minha manhã-sozinha lendo: "Um peixinho, dois peixinhos, ..." para um garotinho nu sentado na borda da banheira, com o queixo apoiado nos joelhos, os braços em volta das pernas curvadas, um sorriso leve nos lábios.


       Por que lutar? Não demora muito até que eu tenha todo o tempo-a-sós que quiser. E irei então provavelmente sentir falta de não ter mais tempo-juntos.


Crystal Kirgiss
Histórias para o Coração da Mãe (Adaptado)